sexta-feira, agosto 25, 2006

Delírios


Este sol quente que me gela a alma
Na brisa do vento que sopra em meu rosto
E nada desgosto neste íntimo gosto
Neste desassossego que me assombra a calma
.
Corre, alma parada e alcança o infinito
Desabrocha nesta estrada que te conduz
Finge um sentimento, este que eu sinto
Onde o escuro me atinge com sua luz
.
Sufoca no anseio deste meu vazio
Que preenche o silêncio da alvorada
Fica só, com este meu calor tão frio
Tenho tudo, onde não encontro nada...
.
Olhos que vêm o nada onde não está
No incensante declínio que é esta sorte
Feita do azar fugaz, eis o que há
Abandonando-me, acompanhas-me até á morte.
Quinta-feira, Dezembro 29, 2005