sexta-feira, agosto 25, 2006

II

Voei, no cume das núvens macias me encontrei
Num instante que o meu limite ditou um dia, que não conseguia
E a brisa aconchegou minha áurea ternamente
Eu quis voar, somente, á espera de me encontrar
.
Nada me detém, onde não estou, onde não sou...
Os labirintos que me perseguem, que me seguem....
Talvez um dia me hã-de guiar, neste lugar...
Talvez até, alguém me compreenda, alguém me leia...
.
As mágoas alojadas serão até decifradas,
E os momentos estão guardados nas palavras em mim
Será sempre assim, será sempre assim....
.
Ditaram-me sentenças, baseando-se em aparências...
Ah, banalidades que me marcaram, e não ficaram...
Eu sou assim, eu estou em mim...
.
Só quem me lê, me entende, me decifra...
Só quem me "vê", me dá a mão quando preciso....
Só, somente quem me sente, me vê realmente....
.
Até lá, sou mera banalidade, uma fraude....
Um sorriso em boca pequena, que grita...
Eu estou aqui, a sorrir, mas estou a mentir....
.
Quando encontrarei a peça que falta em meu puzzle?

Quarta-feira, Janeiro 11, 2006